A Dança da Chuva

Manuel Muanza, Doutor em Literatura teceu as seguintes considerações: “A obra A Dança da Chuva de Fragata de Morais estabelece uma discursividade que transita entre a memória, a anscestralidade e o inexplicável, pois as vozes dos antepassados ecoam por toda a narrativa. O discurso da memória reforça a ideia de que a ancestralidade alimenta e sustenta o tempo presente e o tempo futuro. A discussão acerca das relações entre a obra literária e contexto social, ou melhor, entre Literatura e História é antiga. A produção literária não se desvincula do processo histórico, o qual por sua vez não é suficiente para explicá-la, mas estabelece com ele uma relação complexa de confronto, afirmação e negação. Valendo-se dos recursos da performance, Morais visita o seu passado e os seus ancestrais, empreendendo uma escrita pluralista, multifacetada acerca de um cenário que imprime um ar de modernidade e deixa no personagem central saudades do verde de antigamente”.