
... Sou Berta, ganhei
alcunha de Y nari desde
pequenina, foi-me posta
por quem não devia pôr,
por esse meu pai que
agora parece querer redi-
mir-se, falando pela min-
ha boca as coisas que eu
não sei falar .
. .. A quem tu queres
matar? parece-me ainda
hoje nítida, a voz trémula
e temerosa. A ti mesmo
que já me matastel, res-
pondeu a minha voz
ainda mais trémula e
temerosa. Teria eu con-
seguido esse feito cobar-
de ou corajoso, sei lá
sem a ajuda de Nico-
Nicolau? Poderia eu ter
cobrado como cobrei na-
quela hora, mais de
catorze anos de angústia?
... Começava a era da
simbolização do eu per-
tencimento à minha pes-
soa, e passei, desde
-então, a certificar-me da
perda de radicalidade das
suas atitudes. Levantou a
si próprio a proibição
de entender melhor o
Mundo. Mantinha o jeito
de imperador incon-
testável, porém moldado
aos interesses de Berta
Dombe, eu mesma, a
mulher comprada pela
repressão, a Y nari da
desfortuna, a artífice dos
novos tempos .
.. . Iluminados pela lua
cheia, ou nova?, eu, o
banco, o coqueiro e lá
mais à frente, o mar,
parecemos todos envol-
vidos num vendaval de
sonhos e utopias, in-
felicidades, reveses e
contratempos. Insidiosa,
paradoxalmente longín-
qua e envolvente, a
canção mágica vinda do
mar, invade novamente
os meus domínios, critica
meus erros sucessivos
numa contínua violação
dos meus sentidos .
... Voltei-me para o
espelho grande do quarto
e falei à imagem que nele
se reflectia. Uma imagem
que já não podia ser
gabada, imagem de mul-
her que vivendo inten-
samente, viveu morta
toda a vida.
... Sou Berta, ganhei
alcunha de Y nari desde
pequenina, foi-me posta
por quem não devia pôr,
por esse meu pai que
agora parece querer redi-
mir-se, falando pela min-
ha boca as coisas que eu
não sei falar .
. .. A quem tu queres
matar? parece-me ainda
hoje nítida, a voz trémula
e temerosa. A ti mesmo
que já me matastel, res-
pondeu a minha voz
ainda mais trémula e
temerosa. Teria eu con-
seguido esse feito cobar-
de ou corajoso, sei lá
sem a ajuda de Nico-
Nicolau? Poderia eu ter
cobrado como cobrei na-
quela hora, mais de
catorze anos de angústia?
... Começava a era da
simbolização do eu per-
tencimento à minha pes-
soa, e passei, desde
-então, a certificar-me da
perda de radicalidade das
suas atitudes. Levantou a
si próprio a proibição
de entender melhor o
Mundo. Mantinha o jeito
de imperador incon-
testável, porém moldado
aos interesses de Berta
Dombe, eu mesma, a
mulher comprada pela
repressão, a Y nari da
desfortuna, a artífice dos
novos tempos .
.. . Iluminados pela lua
cheia, ou nova?, eu, o
banco, o coqueiro e lá
mais à frente, o mar,
parecemos todos envol-
vidos num vendaval de
sonhos e utopias, in-
felicidades, reveses e
contratempos. Insidiosa,
paradoxalmente longín-
qua e envolvente, a
canção mágica vinda do
mar, invade novamente
os meus domínios, critica
meus erros sucessivos
numa contínua violação
dos meus sentidos .
... Voltei-me para o
espelho grande do quarto
e falei à imagem que nele
se reflectia. Uma imagem
que já não podia ser
gabada, imagem de mul-
her que vivendo inten-
samente, viveu morta
toda a vida.
... Sou Berta, ganhei
alcunha de Y nari desde
pequenina, foi-me posta
por quem não devia pôr,
por esse meu pai que
agora parece querer redi-
mir-se, falando pela min-
ha boca as coisas que eu
não sei falar .
. .. A quem tu queres
matar? parece-me ainda
hoje nítida, a voz trémula
e temerosa. A ti mesmo
que já me matastel, res-
pondeu a minha voz
ainda mais trémula e
temerosa. Teria eu con-
seguido esse feito cobar-
de ou corajoso, sei lá
sem a ajuda de Nico-
Nicolau? Poderia eu ter
cobrado como cobrei na-
quela hora, mais de
catorze anos de angústia?
... Começava a era da
simbolização do eu per-
tencimento à minha pes-
soa, e passei, desde
-então, a certificar-me da
perda de radicalidade das
suas atitudes. Levantou a
si próprio a proibição
de entender melhor o
Mundo. Mantinha o jeito
de imperador incon-
testável, porém moldado
aos interesses de Berta
Dombe, eu mesma, a
mulher comprada pela
repressão, a Y nari da
desfortuna, a artífice dos
novos tempos .
.. . Iluminados pela lua
cheia, ou nova?, eu, o
banco, o coqueiro e lá
mais à frente, o mar,
parecemos todos envol-
vidos num vendaval de
sonhos e utopias, in-
felicidades, reveses e
contratempos. Insidiosa,
paradoxalmente longín-
qua e envolvente, a
canção mágica vinda do
mar, invade novamente
os meus domínios, critica
meus erros sucessivos
numa contínua violação
dos meus sentidos .
... Voltei-me para o
espelho grande do quarto
e falei à imagem que nele
se reflectia. Uma imagem
que já não podia ser
gabada, imagem de mul-
her que vivendo inten-
samente, viveu morta
toda a vida.
... Sou Berta, ganhei
alcunha de Y nari desde
pequenina, foi-me posta
por quem não devia pôr,
por esse meu pai que
agora parece querer redi-
mir-se, falando pela min-
ha boca as coisas que eu
não sei falar .
. .. A quem tu queres
matar? parece-me ainda
hoje nítida, a voz trémula
e temerosa. A ti mesmo
que já me matastel, res-
pondeu a minha voz
ainda mais trémula e
temerosa. Teria eu con-
seguido esse feito cobar-
de ou corajoso, sei lá
sem a ajuda de Nico-
Nicolau? Poderia eu ter
cobrado como cobrei na-
quela hora, mais de
catorze anos de angústia?
... Começava a era da
simbolização do eu per-
tencimento à minha pes-
soa, e passei, desde
-então, a certificar-me da
perda de radicalidade das
suas atitudes. Levantou a
si próprio a proibição
de entender melhor o
Mundo. Mantinha o jeito
de imperador incon-
testável, porém moldado
aos interesses de Berta
Dombe, eu mesma, a
mulher comprada pela
repressão, a Y nari da
desfortuna, a artífice dos
novos tempos .
.. . Iluminados pela lua
cheia, ou nova?, eu, o
banco, o coqueiro e lá
mais à frente, o mar,
parecemos todos envol-
vidos num vendaval de
sonhos e utopias, in-
felicidades, reveses e
contratempos. Insidiosa,
paradoxalmente longín-
qua e envolvente, a
canção mágica vinda do
mar, invade novamente
os meus domínios, critica
meus erros sucessivos
numa contínua violação
dos meus sentidos .
... Voltei-me para o
espelho grande do quarto
e falei à imagem que nele
se reflectia. Uma imagem
que já não podia ser
gabada, imagem de mul-
her que vivendo inten-
samente, viveu morta
toda a vida.
... Sou Berta, ganhei
alcunha de Y nari desde
pequenina, foi-me posta
por quem não devia pôr,
por esse meu pai que
agora parece querer redi-
mir-se, falando pela min-
ha boca as coisas que eu
não sei falar .
. .. A quem tu queres
matar? parece-me ainda
hoje nítida, a voz trémula
e temerosa. A ti mesmo
que já me matastel, res-
pondeu a minha voz
ainda mais trémula e
temerosa. Teria eu con-
seguido esse feito cobar-
de ou corajoso, sei lá
sem a ajuda de Nico-
Nicolau? Poderia eu ter
cobrado como cobrei na-
quela hora, mais de
catorze anos de angústia?
... Começava a era da
simbolização do eu per-
tencimento à minha pes-
soa, e passei, desde
-então, a certificar-me da
perda de radicalidade das
suas atitudes. Levantou a
si próprio a proibição
de entender melhor o
Mundo. Mantinha o jeito
de imperador incon-
testável, porém moldado
aos interesses de Berta
Dombe, eu mesma, a
mulher comprada pela
repressão, a Y nari da
desfortuna, a artífice dos
novos tempos .
.. . Iluminados pela lua
cheia, ou nova?, eu, o
banco, o coqueiro e lá
mais à frente, o mar,
parecemos todos envol-
vidos num vendaval de
sonhos e utopias, in-
felicidades, reveses e
contratempos. Insidiosa,
paradoxalmente longín-
qua e envolvente, a
canção mágica vinda do
mar, invade novamente
os meus domínios, critica
meus erros sucessivos
numa contínua violação
dos meus sentidos .
... Voltei-me para o
espelho grande do quarto
e falei à imagem que nele
se reflectia. Uma imagem
que já não podia ser
gabada, imagem de mul-
her que vivendo inten-
samente, viveu morta
toda a vida.
... Sou Berta, ganhei
alcunha de Y nari desde
pequenina, foi-me posta
por quem não devia pôr,
por esse meu pai que
agora parece querer redi-
mir-se, falando pela min-
ha boca as coisas que eu
não sei falar .
. .. A quem tu queres
matar? parece-me ainda
hoje nítida, a voz trémula
e temerosa. A ti mesmo
que já me matastel, res-
pondeu a minha voz
ainda mais trémula e
temerosa. Teria eu con-
seguido esse feito cobar-
de ou corajoso, sei lá
sem a ajuda de Nico-
Nicolau? Poderia eu ter
cobrado como cobrei na-
quela hora, mais de
catorze anos de angústia?
... Começava a era da
simbolização do eu per-
tencimento à minha pes-
soa, e passei, desde
-então, a certificar-me da
perda de radicalidade das
suas atitudes. Levantou a
si próprio a proibição
de entender melhor o
Mundo. Mantinha o jeito
de imperador incon-
testável, porém moldado
aos interesses de Berta
Dombe, eu mesma, a
mulher comprada pela
repressão, a Y nari da
desfortuna, a artífice dos
novos tempos .
.. . Iluminados pela lua
cheia, ou nova?, eu, o
banco, o coqueiro e lá
mais à frente, o mar,
parecemos todos envol-
vidos num vendaval de
sonhos e utopias, in-
felicidades, reveses e
contratempos. Insidiosa,
paradoxalmente longín-
qua e envolvente, a
canção mágica vinda do
mar, invade novamente
os meus domínios, critica
meus erros sucessivos
numa contínua violação
dos meus sentidos .
... Voltei-me para o
espelho grande do quarto
e falei à imagem que nele
se reflectia. Uma imagem
que já não podia ser
gabada, imagem de mul-
her que vivendo inten-
samente, viveu morta
toda a vida.
... Sou Berta, ganhei
alcunha de Y nari desde
pequenina, foi-me posta
por quem não devia pôr,
por esse meu pai que
agora parece querer redi-
mir-se, falando pela min-
ha boca as coisas que eu
não sei falar .
. .. A quem tu queres
matar? parece-me ainda
hoje nítida, a voz trémula
e temerosa. A ti mesmo
que já me matastel, res-
pondeu a minha voz
ainda mais trémula e
temerosa. Teria eu con-
seguido esse feito cobar-
de ou corajoso, sei lá
sem a ajuda de Nico-
Nicolau? Poderia eu ter
cobrado como cobrei na-
quela hora, mais de
catorze anos de angústia?
... Começava a era da
simbolização do eu per-
tencimento à minha pes-
soa, e passei, desde
-então, a certificar-me da
perda de radicalidade das
suas atitudes. Levantou a
si próprio a proibição
de entender melhor o
Mundo. Mantinha o jeito
de imperador incon-
testável, porém moldado
aos interesses de Berta
Dombe, eu mesma, a
mulher comprada pela
repressão, a Y nari da
desfortuna, a artífice dos
novos tempos .
.. . Iluminados pela lua
cheia, ou nova?, eu, o
banco, o coqueiro e lá
mais à frente, o mar,
parecemos todos envol-
vidos num vendaval de
sonhos e utopias, in-
felicidades, reveses e
contratempos. Insidiosa,
paradoxalmente longín-
qua e envolvente, a
canção mágica vinda do
mar, invade novamente
os meus domínios, critica
meus erros sucessivos
numa contínua violação
dos meus sentidos .
... Voltei-me para o
espelho grande do quarto
e falei à imagem que nele
se reflectia. Uma imagem
que já não podia ser
gabada, imagem de mul-
her que vivendo inten-
samente, viveu morta
toda a vida.
Author | Jacques Arlindo dos Santos |
---|---|
Publisher | Chá de Caxinde |
Edition no. | 1 |
Year of publication | 2000 |
Page numbers | 103 |
Format | Livro capa mole |
Language | Portuguese |
ISBN | n.a. |
Country of Origin | Angola |
Dimension [cm] | 22,9 x 16 x 0,7 |
About the Author | JACQUES ARLINDO DOS SANTOS, é natural de Calulo, Kwanza-Sul, onde nasceu a 6 de Outubro de 1943. Profissional de Seguros, é membro da União dos Escritores Angolanos e autor das seguintes obras: Casseca (Cenas da vida em Calulo), Chove na Grande Kitanda e ABC do Bê ó. JACQUES ARLINDO DOS SANTOS, é natural de Calulo, Kwanza-Sul, onde nasceu a 6 de Outubro de 1943. Profissional de Seguros, é membro da União dos Escritores Angolanos e autor das seguintes obras: Casseca (Cenas da vida em Calulo), Chove na Grande Kitanda e ABC do Bê ó. JACQUES ARLINDO DOS SANTOS, é natural de Calulo, Kwanza-Sul, onde nasceu a 6 de Outubro de 1943. Profissional de Seguros, é membro da União dos Escritores Angolanos e autor das seguintes obras: Casseca (Cenas da vida em Calulo), Chove na Grande Kitanda e ABC do Bê ó. JACQUES ARLINDO DOS SANTOS, é natural de Calulo, Kwanza-Sul, onde nasceu a 6 de Outubro de 1943. Profissional de Seguros, é membro da União dos Escritores Angolanos e autor das seguintes obras: Casseca (Cenas da vida em Calulo), Chove na Grande Kitanda e ABC do Bê ó. JACQUES ARLINDO DOS SANTOS, é natural de Calulo, Kwanza-Sul, onde nasceu a 6 de Outubro de 1943. Profissional de Seguros, é membro da União dos Escritores Angolanos e autor das seguintes obras: Casseca (Cenas da vida em Calulo), Chove na Grande Kitanda e ABC do Bê ó. JACQUES ARLINDO DOS SANTOS, é natural de Calulo, Kwanza-Sul, onde nasceu a 6 de Outubro de 1943. Profissional de Seguros, é membro da União dos Escritores Angolanos e autor das seguintes obras: Casseca (Cenas da vida em Calulo), Chove na Grande Kitanda e ABC do Bê ó. JACQUES ARLINDO DOS SANTOS, é natural de Calulo, Kwanza-Sul, onde nasceu a 6 de Outubro de 1943. Profissional de Seguros, é membro da União dos Escritores Angolanos e autor das seguintes obras: Casseca (Cenas da vida em Calulo), Chove na Grande Kitanda e ABC do Bê ó. |
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