Este livro trata da Nova Ordem Mundial que se aproxima. É uma reflexão profunda sobre os sobressaltos provocados pela transição de poder que lhe está subjacente. A ordem unipolar que emergiu no final da Guerra Fria, agora questionada pela Federação da Rússia (Rússia) e pela República Popular da China (China), encontra na guerra na Ucrânia e na crise de Taiwan os maiores desafios, os quais colocam em causa a manutenção do projecto hegemónico dos Estados Unidos da América (EUA). O mundo que emergirá no rescaldo destas crises será seguramente diferente daquele que conhecemos hoje, e nele prevalecerá uma nova correlação de forças entre as grandes potências.
O autor põe em relevo o papel desempenhado pelo alargamento a leste das fronteiras da NATO na situação que a humanidade hoje vive, alargamento promovido e impulsionado pelos EUA, assim como as tentativas da sua globalização; e também os esforços de autonomia estratégica de alguma Europa, não partilhados por todos os Estados-membros, que preferiram a lealdade a Washington. Este livro tem ainda o mérito de nos confrontar com as múltiplas dimensões da guerra na Ucrânia, não se esquecendo de reflectir com muita acuidade, recorrendo sempre a factos, sobre a importância que o domínio comunicacional tem tido, como a Comunicação Estratégica e as operações de informações e psicológicas têm contribuído para criarem uma névoa informacional perigosa, incompatível com os princípios das sociedades democráticas, e que moldam as percepções e os comportamentos das audiências.
Carlos Branco, Major-General, In Prefácio
Author | António Avelãs Nunes |
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Publisher | Mayamba |
Edition no. | 1 |
Year of publication | 2023 |
Format | Livro capa mole |
Language | Portuguese |
ISBN | 9789897614774 |
Country of Origin | Angola |
About the Author | António Avelãs Nunes licenciou--se em Direito, em 1962. Na altura, a PIDE (polícia política portuguesa) impediu a sua nomeação para o lugar de acesso da carreira da Magistratura. Convidado para assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), em Novembro de 1965, a PIDE volta a barrar-lhe o caminho, impedindo o seu contrato durante mais de um ano, tendo tomado posse apenas em Janeiro de 1967. De 1970 a 1987, foi membro da Redação da Vértice, pertencendo actualmente ao seu Conselho Editorial. Enquanto estudante, havia sido director da Via Latina, jornal da Associação Académica de Coimbra, então reconhecido pelo movimento associativo estudantil como o "Jornal de todos os estudantes portugueses". No entanto, em 1962, o governo fascista suspendeu sine die a sua publicação. Em 1984, obteve o doutoramento, em 1994, a agregação, e um ano mais tarde ascendeu a professor catedrático. |