
Arlindo Barbeitos, um dos poetas angolanos de maior projecção no panorama literário do seu país, está virado mais para o desencanto de pequenas minúcias do que para o canto de grandes epopeias.
Fácil é observar na sua escrita que os temas da guerra, da destruição, as referências a uma determinada época, perpassam como fantasmas. Surgem, no entanto, no quotidiano, como efeitos, como restos de um pesadelo disforme. Mas nunca através do falso grande verso, e sim em sintéticos poemas de uma grande harmonia, quase música só, que afloram e se deixam apreender − e nunca, de maneira nenhuma, surpreender como denúncia de algo de trágico acontecido.
Tudo fica no ar, solto, e, em boa verdade, nenhuma conclusão se pode tirar do que se leu. Ou melhor: o que Barbeitos nos oferece é pura música através de um sábio jogo de palavras que nos deixa suspensos, ora de um motivo insólito, ora de um contraponto inesperado, ora ainda de uma exclamação irrompida na interioridade de um íntimo momento.
Author | Arlindo Barbeito |
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Publisher | Editora das Letras |
Edition no. | 3 |
Year of publication | 2016 |
Page numbers | 42 |
Format | Livro Agrafado |
Language | Portuguese |
ISBN | 9789897620928 |
Country of Origin | Angola |
Dimension [cm] | 20 x 19 |
About the Author | Arlindo Barbeitos, um dos poetas angolanos de maior projecção no panorama literário do seu país, está virado mais para o desencanto de pequenas minúcias do que para o canto de grandes epopeias. Fácil é observar na sua escrita que os temas da guerra, da destruição, as referências a uma determinada época, perpassam como fantasmas. Surgem, no entanto, no quotidiano, como efeitos, como restos de um pesadelo disforme. Mas nunca através do falso grande verso, e sim em sintéticos poemas de uma grande harmonia, quase música só, que afloram e se deixam apreender − e nunca, de maneira nenhuma, surpreender como denúncia de algo de trágico acontecido. Tudo fica no ar, solto, e, em boa verdade, nenhuma conclusão se pode tirar do que se leu. Ou melhor: o que Barbeitos nos oferece é pura música através de um sábio jogo de palavras que nos deixa suspensos, ora de um motivo insólito, ora de um contraponto inesperado, ora ainda de uma exclamação irrompida na interioridade de um íntimo momento. |
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