Cartas, Recados e Desabafos é, sem dúvida, uma forma original de apresentar aos leitores o resultado do trabalho de pesquisa elaborado pela autora sobre os valores morais e cívicos que moldam a vida quotidiana da sociedade angolana. Sob a forma de cartas, Dia Kassembe conta as histórias, os lamentos, os choros, as frustrações, as alegrias e os contentamentos que escutou ao longo dos três anos consecutivos que passou a viajar em transportes colectivos, percorrendo mercados, sentada em grades ou bancos. As cartas são de filhos que se desencantam com os pais; mulheres desanimadas com a vida promíscua dos maridos; pais eternamente ausentes, entre outras realidades, dando origem a um livro que, além de despertar o entusiasmo do leitor, devido à pureza e beleza das cartas, penetra profundamente na imaginação deste. Nas palavras do prefaciador da obra, sociólogo Laurindo Vieira, «Numa perspectiva sociológica, o livro abre espaço para uma interpretação dos esquemas de inteligibilidades que a vida quotidiana em Angola encerra e que sociólogos, antropólogos historiadores, e outros especialistas e intelectuais preocupados com a angolanidade, vão procurando compreender através do exercício da investigação social».
Author | Dya Kasembe |
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Publisher | Mayamba |
Edition no. | 1 |
Year of publication | 2015 |
Page numbers | 116 |
Format | Livro capa mole |
Language | Portuguese |
ISBN | 9789897610240 |
Country of Origin | Angola |
Dimension [cm] | 23 x 15,5 x 0,5 |
About the Author | Dya Kasembe, pseudónimo literário de Amélia de Fátima Cardoso, nascida em 1946, em Mumbondu-Muxima, município de Kisama, Província do Bengo, e neta de Bamba Kasembe, um Soba Grande da região que vai do Dondo, Kwanza-Norte, a Amboim, Kwanza-Sul. Fez escolaridade primária e secundaria no Colégio de S. José do Cluny. Obteve o Diploma de Estado francês em Enfermagem Geral, o de Delegado Médica pelo Instituto Superior de Readaptação Psicomotor de Paris e uma licenciatura em Filosofia pela Universidade de S. Dennis, Paris 8, França. Poeta, articulista, cronista, escritora e investigadora, começou publicando poemas e contos nos jornais da época colonial sob diversos pseudónimos. |